08 de janeiro

A viagem estava demorando demais. Ainda mais que tive que ficar até tarde no trabalho resolvendo uns assuntos sobre o bloqueio do Estreito de Ormuz devido a eventual aprovação de sanções contra as suas exportações de petróleo. Este assunto ainda vai trazer muita dor de cabeça, mesmo para mim que sou um herói. 
Demorou um pouco, contudo fui correndo para a residência do Iggy. Mesmo que no caminho, acabei encontrando os outros e começamos a conversar, assim, aumentado à espera, mesmo que em alguns minutos. 
Não aparentava ter ninguém em casa, contudo, a porta estava destrancada. Pelo menos eu acho que estava. Lembro-me que da outra vez acabei quebrando a maçaneta e o Iggy quase me matava no dia seguinte, todavia, acho que não foi o caso desta vez. 
Percorri toda a propriedade e não encontrei nenhum sinal, quando me lembrei do jardim secreto, onde costumávamos ficar quando eu era sua colônia. Ele sempre comentava que mantinha aquele local em segredo pela proteção dos unicórnios que habitavam ali. 
Confesso que já não me lembrava do caminho, porém continuei caminhando pelo jardim pensativo por alguns minutos (era um grande jardim), até que algo me agarrou pelas costas em um repentino abraço. Mesmo assustado, devido um filme de terror que eu havia assistido na semana passada sobre um terrível psicopata, os soluços me confortaram. 
- Achei que não viria, América idiota. – Reclamou irritado, sendo interrompido por um soluço. – Eu estava te esperando este tempo todo. Quanto tempo faz?
- Você está bêbado? – Perguntei-me, mesmo que a resposta estivesse expressa em minha frente.
- Eu não estou bêbado. 
- Poderia descer das minhas costas? 
- Não. Não. Não. Eu estava com saudades e é assim que você me trata. Eu nunca deveria ter te ajudado a se tornar o que você é hoje. Idiota, idiota, idiota.  – Começou a reclamar, assim apenas recolhi seus sapatos que estavam jogados próximos dali e retornei para casa.  


Continuei aguentando as reclamações dele no caminho de volta. Quando entramos em casa, ele sussurrava alguns protestos sem sentido sobre meu envolvimento com o Irã e com alguns latinos, como Venezuela e Brasil. Todavia, estava sonolento e já não completava as palavras direito. 
Eu o coloquei no sofá, cobrindo-o com minha jaqueta, pois estava gelado devido à baixa temperatura, comum das madrugadas neste período. Apreciando aquele rosto adormecido, ainda tinha vontade de beijá-lo, mas não poderia me aproveitar de alguém naquela situação. Ainda mais que eu sou um herói e jamais poderei fazer isto, ou não... Não agora. 
Assim, estou aproveitando o PC dele para bloggar sobre com foi o nosso primeiro dia do Yaoi juntos. Finalizo a postagem com uma foto dele neste momento para que depois ele não venha dizer que não se lembra de nada  e que é tudo mentira minha. 


6 comentários:

  1. O que faria ele beber tanto desta vez? e_e De qualquer jeito, foi bom da sua parte não deixá-lo pegar um resfriado ou algo do tipo.

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  2. Ainda não perguntei o motivo para ele @.@

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  3. Arthur fica mesmo muito... Ahn... Vulnerável quando bebe. Que bom que cuidou dele. Mas ele deve ter sentido muito a sua falta mesmo.

    ... Acho que ele vai matá-lo pela foto o_ô

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  4. HAHAHA !!!

    Eu sei que ele me ama, só falta ele começar a admitir.

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  5. *Bufando de raiva, esquece de comentar algo no blog e sai pisando duro do escritório de sua casa*

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  6. Espero que esteja me esperando na próxima visita também ♥-♥

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